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O NOSSO CLUBE
Esta iniciativa nasceu de um grupo de jovens músicos, que na altura abrilhantaram muitas festas na época de 1933.
Um dos impulsionadores da formação inicial da colectividade, foi Samuel Melo dos Santos , foi músico que construiu o seu próprio instrumento (Banjo), que com ele tocou em várias iniciativas, tinha ele 19 anos quando se deu a formação da colectividade em Queluz de Baixo, que eram terras de semeadura, pertença do Barroca e Trinquinhas , na época pouco populacional, sendo tudo uma família.
Era necessário criar qualquer tipo de distracção para que se sentisse um maior convívio familiar. Vem morar para Queluz de Baixo o Manuel da Borla que até sabia tocar harmónio, lá ia dando uma gaitada na tasca do Justino, desde logo começa a ser convencido a tocar de modo a que houvesse bailarico, para a diversão da juventude da época que nada mais havia para passar o tempo, a aderência vai tomando volume.
Ao José Chapeleiro vem a ideia de formar um grupo de jazz, ele tocava bandolim e era ensaiador, os outros jeitosos eram o Manuel Padeiro, tocava de ouvido, o Braúlio, mais ou menos conhecedor de música.
Passando a haver 3 banjos, o Zé da Pinta, António Jardineiro, Milagres (viola), o Egídio jazzebandista que morava na Lameira. Assim foi feito o primeiro grupo de jazz a actuar em Queluz de Baixo, donde viria a nascer o nome “OS FIXES”, este durou cerca de 3 anos.
Entretanto o Jusué foi-se embora da terra e acabou a banda. Nessa altura entra em cena o Samuel, que na altura aprendiz de carpinteiro, vê o patrão a fazer um banjo e como se sentia com alguma habilidade resolveu começar a fazer também um instrumento igual para começar a aprender a tocar (ainda hoje este instrumento é conservado na sede do Grupo), o Bráulio foi seu professor tocava banjo entretanto o Franklim e o Ilídio também quiseram aprender, mas desistiram pouco tempo depois.
Sendo o Samuel muito afincado em tudo o que se metia e como tinha muito bom ouvido para a música lá se ia mantendo. Reorganizou-se o grupo havendo até a esta altura um interregno de três anos e lá começaram com o Bráulio, tocava banjo e era ensaiador, Samuel, Florindo, Zé da Pinta e Milagre viola,o Cláudio jazzebandista. Depois de algumas confusões com entradas e saídas da banda, que na altura havia sido baptizada com o nome de Troupe Jazz “OS FIXES”.
O Samuel como era o mais novo foi o principal dinamizador do grupo tendo por trás o seu pai de nome António Boletas que era um dos carolas. Não havia sede, mas o pessoal tinha que se divertir e para isso o Barroca tinha um casebre onde guardava o seu rebanho de ovelhas e sendo o único lugar onde se poderia fazer bailes, logo se denominou por “Salão Caganita” ao lado onde hoje é a capela, as raparigas limpavam o dito e lá se fazia o bailarico. Como o cheiro por vezes era incómodo havia que arranjar solução, que viria a ser o barracão do Joaquim António, onde agora é o “Estaminé”, houve várias direcções mas os primeiros foram: António Jardineiro, Bráulio, Francisco Pedroso, Cláudino, José Santos(carapau negrão) e Ernesto da Anica.
Mas se do “Salão Caganita” se tiravam as ovelhas, do barracão do Joaquim António, tirava-se o macho e a carroça. O José Afonso foi um dos grandes amigos de “OS FIXES”, era poeta que compunha as danças, que na época por tradição saiam de Queluz de Baixo pela Páscoa, onde entrava o Ramonha, grande parodiante juntamente com o Leonel Albino, Edmundo e Joaquim Foz.
Por esta altura o nosso amigo Samuel sai de Queluz de Baixo para se integrar nos “Ortegas” grupo de grande categoria musical em Queluz, esta estada durou cerca de um ano. Pelo caminho da cascata que ligava Queluz a Queluz de Baixo, viria a regressar a casa.
No Joaquim António, dinamizava-se o grupo e pensava-se numa coisa maior, falou-se então com o Ramos e Silva e alugou-se o palheiro, que também foi escola primária, que mais tarde depois de algumas obras viria a ser a Sede Social do Grupo Troupe Jazz “OS FIXES”, isto deu-se por volta de 1944. Quando foi da mudança o grande carola viria a ser o Mendes, era bancário, morava em Queluz de Baixo e deu grande desenvolvimento no Clube.
Mais tarde houve intenção de acabar com o grupo de cordas, para ser mais moderno tornando-se metálico, alguns dos que colaboravam nesta ideia: António Nico, Edmundo, Joaquim Foz, Victor Hugo, Manuel Vera, João Piteira, António Coelho (era mestre) entrou um saxofonista que se dava por nome de Aires Aleixo, jazzebandista o Carlos Ferreira e outros que não conseguimos apurar.
A Ermelinda, cantava muito bem e animava as festas que se iam realizando, fazia-se o teatro, dança pela Páscoa, saía à rua a Dança da Desfolhada e outras. José da Silva Afonso, escrevia revistas, peças de teatro e textos para as danças folclóricas, que tradicionalmente saiam em camionetas de carga de povoação em povoação, cantando para angariar fundos para o desenvolvimento da colectividade.
O Ramonha entra em todas as récitas, o Heriberto tinha muita força mas nunca sabia bem o papel. Numa altura da representação o Hediberto pisou o livro de ponto. Como o ponto queria virar a folha e não podia, ia dizendo baixinho “tira o pé” e o bom do amigo Heriberto lá ia dizendo “tira o pé” e esta frase repetiu-se várias vezes em cena sem que o Heriberto se apercebe-se que estava a pisar o livro do ponto.
António Boleta (pai do Samuel) é que na altura fazia a limpeza e zelava pela manutenção da colectividade, não havia luz, nem água e muito menos esgotos. Transportes nem pensar, o acesso era feito a pé, a única ocupação das raparigas - a costura. Era a fonte e o lavadouro o ponto de abastecimento às casas, feito de cântaro à cabeça, enfim outros tempos.
Um dos que ajudava no transporte da água para a colectividade era o José Fanha, que pelos seus afazeres rurais pouco tempo tinha para dar assistência à colectividade, razão essa porque nunca quis aceitar nenhum cargo directivo. A escola foi feita com o patrocínio dos moradores da altura, pois havia que aprender a ler e escrever.
Em 28 de Junho de 1972, é alterada a designação social do clube passando então a denominar-se Grupo Recreativo “OS FIXES”, com sede na Estrada Consiglieri Pedroso, em Queluz de Baixo.
Com o desenvolvimento criado na colectividade, é inaugurada a nova sede a 03 de Fevereiro de 1991, ficando situada na Alameda Armindo de Carvalho. Esta mudança deu origem a um ainda maior desenvolvimento e a 13 de Setembro de 1997, é inaugurada a primeira fase do polidesportivo descoberto, por sua vez é de novo ratificado a 09 de Dezembro de 1998, designação social para a actual Grupo Recreativo e Desportivo “OS FIXES”.
As actividades desportivas intensificaram-se, havendo necessidade de balneários e bancadas, que viriam a ser inauguradas a 02 de Março de 2002.
Copyright © 2010. Grupo Recreativo e Desportivo "Os Fixes"